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Mostrando postagens de julho, 2008
Sem Título (Ana Paula Melo - escrito em 18/11/2004) Em certos instantes, em meio a vida corrida, Deparamo-nos com certas feridas, Esculpidas em nossas lembranças Que nem o tempo consegue desfazê-las Mas apesar de tudo o que se foi, De tudo o que se fez Ainda restaram saudades, Daqueles poucos momentos felizes E na soma entre o bem e o mal A dor da saudade é maior Que as dores das feridas não cicatrizadas.
Procura de mim mesma (Ana Paula Melo - escrito em 26/08/2004) Há algo além das coisas que posso sentir, Além das coisas que posso ouvir Além das coisas que posso ver, Mas que não consigo expressar. É esse vazio, esse pesar, essa angústia, Que tenho e que me leva a realizar as coisas que não quero fazer Que sempre acabo me arrependendo, Dilacerando-me aos poucos. É essa procura não sei bem do que, nem de quem Apenas sei que devo continuar procurando Até chegado o momento de encontrá-lo E quem sabe, sentir-me livre outra vez.
Outro lugar (Milton Nascimento) Cê sabe que as canções são todas feitas pra você E vivo porque acredito nesse nosso doido amor Não vê que tá errado, tá errado me querer quando convém E se eu não tô enganado acho que você me ama também O dia amanheceu chovendo e a saudade me contêm O céu já tá estrelado e tá cansado de zelar pelo meu bem Vem logo que esse trem já tá na hora, tá na hora de partir E eu já tô molhado, tô molhado de esperar você aqui Amor eu gosto tanto, eu amo, amo tanto o seu olhar Andei por esse mundo louco, doido, solto com sede de amar Igual a um beija-flor, que beija-flor, De flor em flor eu quis beijar Por isso não demora que a história passa e pode me levar E eu não quero ir, não posso ir pra lado algum Enquanto não voltar Não quero que isso aqui dentro de mim Vá embora e tome outro lugar Talvez a vida mude e nossa estrada pode se cruzar Amor, meu grande amor, estou sentindo Que está chegando a hora de dormir.
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